Despesas com voluntariado - parte 2

Decorreu ontem mais uma formação no CUFC promovida pelo SDAM. Uma sessão bastante agitada não só pelos assuntos abordados como pelo entusiasmo do dia da partida. Mais tarde todos aqueles que decidiram este ano ir em missão foram informados dos destinos e dos respetivos grupos.

É o culminar de um ano de formação com vários temas abordados, com várias atividades de angariação de fundos, com muito convívio e acima de tudo do alimentar do desejo de ir em missão. Tal como certamente terei a oportunidade de o ainda fazer pessoalmente aqui fica desde já muita força para aqueles que este ano irão em missão!

Mas a formação deste sábado serviu também para o esclarecimento de um assunto pendente - despesas com voluntariado. A palavra inicial pertenceu ao SDAM que deu conta que ao contrário de outras associações e de outro tipo de voluntariado, neste caso (e entenda-se pelo voluntariado missionário) não há direito a qualquer compensação das despesas que um voluntário tenha. Certamente existiram outras associações com o mesmo objetivo (promover missão) com outra capacidade financeira que o SDAM não tem. Exige-se por isso um planeamento [sustentável] muito mais rigoroso das atividades para que estas não tragam despesas extras para os voluntários. Retiro uma lição deste episódio dinamizar atividades sim mas com as despesas bem conscientes logo à partida.

Próximas formações: 2 e 9 de junho.

Viagem à Polónia

Varsóvia amanheceu fria na última segunda-feira, mais fria que nos dias anteriores. Eram 6h e estávamos a deixar o hotel para apanhar o autocarro que nos levaria ao aeroporto.

Terminava assim a viagem de 6 dias à Polónia inserida no projeto Grundtvig na qual 6 elementos da AsPEA (Associação Portuguesa de Educação Ambiental) estiveram presentes. Trata-se de um projeto de âmbito europeu, com um total de 7 países envolvidos, intitulado "Forests for all, all for forests" dirigido à educação de adultos e baseado numa tripla abordagem: cultura, ambiente e participação cívica/voluntariado.

Esta viagem não teve nada a ver com a formação missionária que frequento há uns meses e que procuro relatar neste blog. No entanto tinha de a assinalar pelo significado que a presença num contexto diferente representou.

Despesas com voluntariado

Este assunto surgiu no seguimento da organização de uma barraca de vendas, promovida pelos voluntários missionários deste ano, em Vagos. E irá manter-se até à próxima formação presencial no CUFC, a 19 de maio. Para organizar a referida barraca de vendas foi necessário alguns voluntários deslocarem-se de Aveiro a Vagos alguns dias estando associado um custo de combustível. Ora quando se questionou a totalidade dos voluntários de retirar parte das receitas feitas para cobrir as despesas com a organização foram, primeiro, poucas as vozes que se pronunciaram, e depois, a maioria contrária a tal decisão.

Questiono até que ponto um voluntário deve suportar os custos de organização de uma atividade que é em prol de todos? Sejam eles custos de deslocação, logística ou outros devidamente enquadrados na atividade. Saberá a maioria dos voluntários o que se verifica em outras associações de voluntariado?

Também aqui se confirma que qualquer assunto que envolva dinheiro gera sempre dúvidas, inquietações, suspeições.

Fico de dar mais notícias sobre este assunto após o dia 19 de maio.

Animação missionária na Guarda

Um dos pedidos que a equipa de formação nos foi fazendo ao longo destes meses de formação foi a realização de uma sessão de esclarecimento sobre missão junto das nossas paróquias. Confesso que nestes 6 anos a viver em Aveiro não me identifico com nenhuma paróquia. E o mesmo acontece na Guarda de onde sou natural e onde passo cada vez menos tempo.

Se calhar é uma boa altura de dizer que a formação que frequentamos tem um cariz bastante ligado à igreja, tendo sido já abordados vários assuntos de igreja. No entanto assumo que ao longo destes meses faltou trabalhar muito esta componente.

A sessão de esclarecimento realizada na Guarda a 21 de abril e apelidada como todas as outras de animação missionária decorreu, para minha surpresa, bastante bem. A nossa intervenção inseriu-se numa jornada de jovens onde vários assuntos de igreja foram debatidos. Prendi a minha atenção numa apresentação sobre a "antítese" Igreja/Ciência que segundo o palestrante não tem sentido existir. E que acabei por concordar.

Ausência

Depois de algum tempo fora do blog, sem qualquer razão aparente, estou de regresso. A formação do SDAM tem contudo continuado aos sábados quinzenalmente. E neste momento já há uma lista de pessoas que vão em missão este ano. O entusiasmo cresce de dia para dia. Confesso que tomei a decisão de adiar o sonho de realizar uma missão por tempo indeterminado.